terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Rita.

Sempre me identifiquei com Dexter. Não que eu mate pessoas, ou seja tão insensível quando ele quando se trata dos sentimentos das pessoas. Mas muitas vezes eu me senti incapaz de sentir coisas, respondendo apenas aos meus instintos e necessidades no fim das contas: Fome, sede, medo, proteção e a mais importante das necessidades humanas, a necessidade de se relacionar.


Por inúmeros fatores e por diversas vezes, eu tive que fingir que estava sentindo coisas, pra conseguir o que eu queria. Tudo o que eu queria era um pouco de tranquilidade, mudar um pouco de lado a idéia que muita gente tinha de mim, pra na intimidade poder ser do meu jeito, poder me sentir natural.


Desde então, comecei a me identificar com o Dexter. E comecei a perceber o quanto é confortável ter segredos e fazer as coisas do seu próprio jeito. Mas quando o assunto são as relações humanas, nem tudo é sempre tão previsível. A gente até percebeu ao longo das temporadas, que mesmo seguindo as regrinhas do Harry, sempre que o Dexter começava a se relacionar com alguém de maneira mais íntima, sempre acontecia algo que ele não planejava. É engraçado como essas coisas acontecem, como é interessante quebrar a expectativa de alguém.  




Naquele momento, eu precisava de alguma coisa que me mantivesse na linha. Precisava de diversão, precisava de companhia. E ali, no um monte de pessoas satisfazendo seus corpos com álcool e suas almas com música, eu encontrei uma 'Rita'.


Eu me senti super à vontade logo no primeiro momento em que eu olhei pra ela naquela noite, e principalmente no momento antes do beijo. Ela confessou que não era muito experiente naquele tipo de situação, e que ela entenderia se eu fosse embora e procurasse alguém diferente. Foi aí que eu pensei como o Dexter, naqueles momentos em que entra a trilha sonora e ele analisa a situação: "She is exactly like me".


Aos poucos fomos nos conhecendo e em um dia comum, enquanto eu a ouvia falar, foi que eu lembrei de uma frase do seriado que tinha ficado na minha cabeça e que foi o motivo maior pra fazer esse post sobre ela: "She's perfect because Rita is, in her own way, as damaged as me."


E por ser tão danificada quanto eu, eu me senti normal com ela, senti o quanto era bom contar um segredo a alguém, e que ao invés de culpar você, essa pessoa iria te entender. Isso foi muito saudável pra mim... Para nós na verdade. Convivemos juntos um tempo, como amantes, em um sentido literal da palavra, como pessoas que estavam dispostas a fazer outro se sentir bem e dar carinho, amor, atenção.


Só que o com o passar do tempo, as pessoas precisam de respostas para as suas curiosidades e dúvidas, e elas inevitavelmente surgiram. E como todo mundo, tive que tomar decisões, porque eu não estava pronto para seguir em frente com aquele relacionamento. 


Por mais que eu me sentisse incrivelmente bem nos momentos em que eu estava com ela, eu não consegui fazer diferente. E assim o nosso envolvimento como amantes se transformou em uma boa amizade. Eu ainda não tenho dimensão do que essa decisão provocou na minha vida ou na vida dela, mas eu não estou acostumado mais a não ter certeza das coisas.


Embora minha vida fosse muito mais interessante com uma pessoa ao meu lado, eu fiz aquilo para protegê-la de um final trágico. Não tão trágico como a morte de Rita, mas decepcionar uma pessoa, pode ser bastante doloroso, e eu não estou disposto a encarar isso. Não de novo.


Next Episode: IN TREATMENT - S02E20 - Gina - Friday 6:15 pm
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Promo #1.

Sempre acontece isso comigo: Começo a escrever e isso faz sentido por um tempo, me faz bem, mas de uma hora pra outra isso acaba. Não sei bem o porque disso, mas realmente é algo que me irrita.
Escrevendo a gente alivia um pouco os problemas, deixa um pouco o 'stress' de lado. Fazer isso em um blog é melhor ainda, porque a gente conta coisas que nunca sairiam da sua boca em uma conversa cotidiana. Um eu-lírico virtual aparece e desabafa seus segredos para pessoas estranhas. 


Bem... Comigo é assim que acontece.
Eu me acho mais bonito em um blog. Até as minhas agonias (que, acreditem, chateiam qualquer pessoa quando eu paro pra conversar sobre isso) conseguem prender uma pessoa e fazer ela ler tudo o que eu escrevo e talvez ter uma idéia bem diferente do que ela acha na vida real. 
Sinto falta desse tipo de atenção no dia-a-dia. Motivo pelo qual estou aqui pra escrever mais sobre minhas lindas agonias.


Sendo assim, divulgando o próximo episódio deste blog, vou escrever algo que aconteceu recentemente comigo, baseado em uma das minhas séries favoritas, se não, a favorita.
Dexter.


Aguardem... 


Next Episode: DEXTER - S01E01 - Pilot.
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